Grupo EP participa da NAB Show 2025 e projeta um novo capítulo para rádio e TV
Após principal feira global de mídia, lideranças do conglomerado de mídia aponta insights para transformar inovação em resultados locais, com foco em IA, TV 3.0 e integração digital no rádio
O NAB Show 2025, realizado neste mês de abril em Las Vegas, consolidou-se mais uma vez como o principal ponto de encontro global para os profissionais de mídia, entretenimento e tecnologia. Com a presença de mais de 55 mil pessoas de 160 países, o evento trouxe pautas sobre o futuro da comunicação, reforçando a centralidade da inovação e da experiência do usuário. Representando o Grupo EP, uma equipe participou do evento, incluindo César Leite, da EP FM; Eliel Almeida, gerente de Rádios; Giulio Breviglieri, diretor de Tecnologia; Tássia Cristina, head de finanças e Wilfred Castro, gerente de engenharia, que trouxeram insights sobre o que realmente pode impactar o rádio e a televisão brasileira.
Para Giulio, a grande virada observada neste ano foi o amadurecimento da inteligência artificial. "Ela deixou de ser apenas um tema hype para se tornar um recurso incorporado ao dia a dia de produção, especialmente na edição de áudio e imagem. Já usamos ferramentas baseadas em IA para, por exemplo, remover ruídos de gravações, e temos iniciativas em curso para ampliar seu uso", destacou. Esse avanço técnico está diretamente ligado ao desejo de tornar o conteúdo cada vez mais personalizado, com experiências imersivas e adaptadas ao gosto do telespectador e ouvinte.
Eliel reforçou essa informação sob a ótica do rádio. Para ele, o meio precisa se consolidar como multiplataforma. "O rádio deve estar em todo lugar, não apenas no dial AM/FM. Nos EUA, os números mostram que a monetização digital é uma fatia cada vez mais relevante da receita do rádio, e o Brasil deve se inspirar nesse movimento para garantir sua relevância", apontou. Os dados apresentados na NAB confirmam essa visão: o rádio AM/FM segue líder no consumo de áudio com anúncios nos Estados Unidos, respondendo por 69% desse tempo entre adultos com mais de 18 anos, segundo estudo "Share of Ear" realizado pela Edison Research. No carro, o rádio segue como principal meio: 86% do tempo gasto com áudio publicitário vai para o AM/FM. Isso mostra que ele segue firme como protagonista e que seu futuro está cada vez mais ligado ao universo digital.
Outro destaque do NAB Show 2025 foi a evolução da TV, a TV 3.0, chamada de NextGen TV nos EUA e equivalente ao DTV+ no Brasil. Essa nova geração de transmissão televisiva permite experiências mais imersivas, como vídeos em HDR e áudio em MPEG-H, oferecendo ao público a possibilidade de personalizar a forma como consome conteúdo ao vivo. Giulio acredita que isso tem tudo a ver com o futuro da televisão regional também. "Imagine poder assistir a um jogo e escolher ouvir apenas o som da torcida do seu time, ou silenciar o comentarista que você não gosta. A tecnologia permite isso, e a experiência do usuário se torna muito mais poderosa", comenta.
O NAB Show mostrou que não basta inovar, é preciso adaptar os avanços à realidade de quem está do outro lado. "O mais importante é entender como traduzir o que vimos em Las Vegas para a realidade das nossas comunidades", afirmam Eliel e Giulio. Eles destacam que, mesmo com a diferença de investimento entre emissoras brasileiras e americanas, o contato com outras experiências ajuda a entender o que pode ser ajustado e implementado com eficiência. Essa leitura prática do futuro é o que garante que a inovação não fique restrita ao campo das ideias.
Eliel complementa ressaltando que o rádio continua sendo o meio mais próximo das pessoas justamente por essa capacidade de adaptação. "A proximidade entre comunicadores e ouvintes é o que faz do rádio um canal tão forte. E a tecnologia está sendo usada para fortalecer ainda mais esse vínculo", afirma. IA, dados e personalização deixam de ser conceitos abstratos e passam a ser ferramentas estratégicas para criar experiências sob medida, algo que o público já espera e valoriza.
O que se viu em Las Vegas, portanto, não foi apenas uma vitrine de soluções futuristas. Foi uma prévia do que será cada vez mais o presente da mídia: conteúdo adaptado, multiplataforma, tecnológico e profundamente conectado ao comportamento e ao contexto do público. E o Grupo EP, mostra que está preparado para transformar esses aprendizados em estratégias práticas, fortalecendo sua atuação e ampliando sua relevância.
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