Na última semana, o Rio de Janeiro (RJ) foi palco do Rio2C, um dos maiores eventos de criatividade da América Latina, importante para a discussão de temas relevantes para marcas do Brasil e do mundo. A 6ª edição do Rio2C trouxe à tona a importância da criatividade em torno de temas como entretenimento, tecnologia e publicidade como modelos de negócios nacionais. 

O DNA do evento é conectar várias temáticas que parecem distantes, mas que na verdade estão interligadas, evidenciando que "It's all connected", o slogan que norteia todas as edições. Cada vez mais, é urgente perceber que tudo o que fazemos tem consequências e afeta outras pessoas. Em 2024, o evento abordou o tema "The Age of Awareness" ("A Era da Consciência"), enfatizando a importância de uma compreensão mais profunda das interconexões em nosso mundo. Confira alguns insights do evento: 

Games 

De acordo com Alexandre Bassora, fundador e CEO da Audaz, os games tiveram um grande destaque no evento. "Acredito muito que brincar pode mudar o mundo. Aliás, essa foi uma das sessões que mais me encantou. O educador Daniel Martins comandou um papo incrível que mostrou de maneira magistral que brincar vai muito além da diversão. É tudo o que eu acredito. Os jogos facilitam o aprendizado, desenvolvem a oralidade, o pensamento crítico, empoderam a educação. Vale para educação corporativa, educação básica. Eles mostraram por meio dos games como tornar a participação no jogo mais importante que simplesmente vencer a competição. Amei ouvir Luca Alves, professor e coordenador do AfroGames, um projeto social que utiliza games para levar aprendizado e crescimento às comunidades do Rio de Janeiro. As marcas precisam investir cada vez mais em conhecer o seu público para se conectar a ele de modo permanente, como os criativos que atuam na indústria dos games fazem brilhantemente", afirma. 

Moda e beleza 

Segundo Alexandre Bassora, permitir ao consumidor acesso às origens e métodos de produção das roupas é crucial, pois moda e beleza impactam o clima, e a tecnologia deve se unir à criatividade brasileira para soluções sustentáveis. "Muitas vezes, usamos uma roupa sem saber de onde vem e, principalmente, como foi feita. Permitir ao consumidor o acesso a essas informações é um grande avanço. Moda e beleza têm relações profundas com os impactos climáticos, não podemos ignorar isso. Tecnologia e inovação podem e devem se aliar ao caldo de multiculturalismo e criatividade que diferencia as produções brasileiras nesses setores". 

Público decidido 

Para Alexandre Luppi, co-fundador da produtora Compasso Coolab, o público está mudando: os publicitários devem se manter antenados com um público cada vez mais autônomo. "Um dos desafios mais significativos abordados no evento para os publicitários é traduzir as novas demandas de um público cada vez mais dono de suas próprias escolhas", conclui. 

Neurociência 

A integração da neurociência potencializa a saúde mental e a produtividade, destacando a capacidade única do cérebro humano. "Valiosíssima a participação de Rogério Gaspar, no papo sobre Neuroarquitetura. Apesar dos avanços da Inteligência Artificial, o nosso cérebro é uma potência! A correlação que ele fez entre os dois foi incrível. Ele mostrou como a integração de princípios da neurociência ao processo de design cria ambientes que promovem a saúde mental, a produtividade e a criatividade. Esse olhar sistêmico abre possibilidades para espaços que estimulam a concentração, reduzem o estresse e melhoram a qualidade de vida das pessoas", destaca Alexandre Bassora. 

Inteligência Artificial 

A Inteligência Artificial é um tema muito discutido atualmente. Alexandre Luppi acredita que o mercado publicitário precisa se adaptar rapidamente para entender e atender às demandas comportamentais emergentes na era das inteligências artificiais personalizadas. "O desafio da comunicação é entender de maneira rápida e eficiente, os comportamentos de quem já usa as novas ferramentas. Muitas marcas estão desenvolvendo suas próprias IAs. O mercado publicitário terá que ser rápido em traduzir essas novas demandas". 

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