Marketplace: 6 dicas para vender no shopping digital
O sistema de compras on-line tem crescido significativamente durante a pandemia. Saiba como melhorar as vendas na internet
Comprar sem sair de casa em tempos de pandemia, muito mais do que comodidade, tornou-se uma necessidade. O consumidor já habituado a realizar compras on-line não teve dificuldades para se adaptar à nova realidade de isolamento social, uma vez que já conhecia plataformas e lojas, por vezes já tendo suas predileções. No entanto, esse universo é completamente novo para 4 milhões de pessoas que, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), aderiram às compras digitais devido à nova realidade imposta.
Para quem ainda está começando, os shoppings on-line, chamados marketplaces, apresentam algumas comodidades como a segurança das compras, a diversidade de lojas, a quantidade de ofertas, valores e prazos diferenciados nos fretes. Para o lojista, o marketplace também representa uma boa oportunidade nos quesitos de ampliarem a base de clientes, aumento da frequência de compras e também por ser uma forma mais fácil para quem está começando, pois é possível incluir os produtos na plataforma sem grandes investimentos.
Funcionando como uma grande vitrine, o marketplace conecta de forma rápida e segura compradores e vendedores, sendo esse um dos motivos do seu sucesso. Mercado Livre, Amazon e OLX já atuam dessa forma há muito tempo, entretanto, grandes redes de loja, como Magazine Luiza e Lojas Americanas, também têm aproveitado suas plataformas on-line para se associarem a vendedores e lojas menores, migrando suas lojas virtuais para marketplaces.
Em mais um passo em direção ao processo de digitalização, o Magazine Luiza anunciou na última semana o lançamento da função de cashback dentro de seu aplicativo. Quando um cliente realiza uma compra no Magalu, seja no app ou loja, recebe uma parte do dinheiro de volta em sua carteira virtual, o Magalu Pay. Com o cashback, o cliente pode fazer uma nova compra, pagar contas ou transferir para a carteira de um amigo. Para divulgar a nova função, a companhia lança a campanha "A mágica de ganhar dinheiro comprando, só o Magalu tem" que teve sua estreia no intervalo do Jornal Nacional.
Confira em entrevista com especialista como as marcas devem se posicionar em um momento de crise.
O comércio on-line já vinha crescendo nos últimos anos, tanto vendedores quanto consumidores já estavam se adaptando a essa nova forma de negociar. No entanto, a atual necessidade de manter-se em casa exigiu uma rápida adaptação para aqueles que ainda não haviam se aventurado por esse caminho. Segundo Fernando Mansano, diretor da ABComm, empresas que já tinham uma presença digital e canais de vendas consolidados tiveram melhores resultados e menor dificuldade nesse momento. "Já aquelas que ainda não pensavam a respeito, se viram obrigadas a repensar seus negócios de forma rápida, se apoiando na tecnologia para continuar operando. Estima-se que houve uma evolução equivalente a 5 anos para mercado on-line nesses meses de pandemia". O crescimento das vendas é uma realidade que surpreendeu até quem já conhece o mercado: 40% de crescimento na primeira quinzena de março, segundo levantamento da ABComm, 81% de crescimento em abril e 126,9% de crescimento em maio, de acordo com a Compre&Confie. A expectativa era de que o pico de vendas seria ainda no início da pandemia, seguido por uma queda e posterior estabilização, no entanto, os números mostram o contrário, o volume de vendas continua aumentando.
Presente em Marketplace ou mantendo seu próprio e-commerce, a realidade é que não foi apenas o aumento de clientes que impactou positivamente as vendas online. Entre 23/03 e 31/05 surgiram mais 107 mil lojas virtuais no país, segundo a ABComm. Isso significa um aumento da concorrência, principalmente para quem tem pequenos negócios.
Confira 6 dicas de Fernando Mansano para manter e ampliar suas vendas.